JÉFERSON LIMA
( Brasil – Santa Catarina )

Mestrado em História

2011 - 2013

Universidade do Estado de Santa Catarina

Título: Bob Cuspe: a representação de Angeli do Punk Paulistano na Revista Chiclete com Banana (1985-1991),Ano de Obtenção: 2013

Mara Rúbia Sant'Anna.Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil. Palavras-chave: História em Quadrinhos; Historia do Tempo Presente; Tribos Urbanas.Grande área: Ciências HumanasGrande Área: Ciências Humanas / Área: História / Subárea: História Moderna e Contemporânea / Especialidade: História em Quadrinhos. Setores de atividade: Pesquisa e desenvolvimento científico.

Graduação em História

2006 - 2009

Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória

Título: O ROCK E O QUADRINHO NACIONAL: O NOVO JOVEM DOS ANOS 80 - Chiclete com Banana e o Brock, o Underground e a Cultura de Massa

Orientador: Jefferson William Gohl

Bolsista do(a): Universidade Sem Fronteiras, USF, Brasil.

BABEL  Revista de Poesia, Tradução e Crítica.  Ano IV - Número 6 - Janeiro a Dezembro de 2003.  Editor Ademir Demarchi.   Campinas, São Paulo                                Ex. bibl. Antonio Miranda

        Elefanclown#


eu fabrico sum poema medíocre
digno de um estudante de letras
que persegue os cânones
imita os clássicos

eu fabrico um poema deficiente
fora-de-órbita, desconexo, persistente
resignado, à procura da poesia

eu fabrico um poema cheio de raiva
cheio de ódio da regra, do absolutismo do verso

eu fabrico um poema insatisfeito
um poema-elefante
sem recursos, sem madeira, sem móveis de sala
abrigado por livros
com doçura
com orelha
com leituras rápidas, inefáveis

eu fabrico um elefante de uma tromba imensa
sobre meus escritos de universitário
dono de uma arquitetura irregular:
eis um poema-elefante
pronto para sair
à procura de amigos
inoportuno, por vezes infeliz.

meu telefone vai pela rua povoada
desajeitado, caminha pelo asfalto

meu poema é feio e impotente
mas mesmo se sabendo assim
movimenta na tromba  sobre a cidade
sobre os homens alheios
que pouco fazem do elefante-poema
patético no mais profundo oceano
elefante bêbado, pungente.

meu telefone é descartável, em extinção
não quer recomeçar amanhã, que resistir hoje
está impaciente em mim, quer sair, mas não pode
está sem forças para gritar, merda.


*Paráfrase essencialmente inspirada no poema "O elefante" ,
de Drummond se levemente em "Poética", de Bandeira.

*

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Página publicada em janeiro de 2023